Como a malta gosta de obra feita!
Piscinas, rotundas, aeroportos, pavilhões gimnodesportivos, estádios e porras do género.
Todo o bom autarca tem de ter obra feita para ser eleito.
Governo que se preze tem de deixar obra de regime.
Nos últimos anos temos assistido ao fazer de muita obra e temos gostado!
Temos betonado o país e só parámos porque deixaram de nos emprestar massa.
Nos países normais aplica-se o superavit em obra a fazer.
Cá, nesta bandalheira, aumentamos o deficit para obra feita.
Mas ganharam-se eleições.
Assim a modos de comparação lembra-me aquela família que paga 110% do que recebe em prestações e mesmo assim compra férias a prestações.
Mas há melhor! Se há!
Imaginem que vos propõem explorar um restaurante no meio do Alentejo.
Numa aldeiazinha muito simpática, mas sem acessos (difícil acessibilidade).
Vocês recusariam porque iriam à falência em dois meses.
E se quem vos convidou vos disse-se:
- Se servirem menos de 500 refeições por dia eu pago-vos a diferença.
E vocês, honestos, respondiam que não podia ser que assim iam ganhar dinheiro fácil.
E o tipo juntava a isso uns benefícios fiscais...
Chama-se a isto uma parceria publico privada. Risco mínimo para o privado, perdas máximas para o público...
Agora quero ver que promessas vão fazer nas próximas eleições. Mais betão? E com que dinheiro?
Se no tempo do Cavaco tivéssemos investido mais em educação e menos em betão não estaríamos assim.
Claro que os que vieram a seguir não foram melhores...
BOF
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