Visite um dos nossos patrocinadores porque é preciso alargar os horizontes!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os professores...

Ser professor não deve ser coisa fácil.
Nos meus tempos do secundário passei por escolas privadas e públicas.
A privada não tinha paralelismo pedagógico, por isso tínhamos de fazer exame no final do 9º ano. E tínhamos de dar a matéria toda.
Por isso todos os anos não só dávamos a matéria toda como tínhamos tempo de rever a matéria dos anos anteriores. E os professores não faltavam.
Quando fui para o 10º ano, escola pública, deparei-me com uma situação aberrante. Dar a matéria toda? Para quê? Se aparecesse no exame bastava escrever que num tínhamos dado a matéria. Professores a faltar? Coisa corriqueira.
Lembro-me do Agostinho, prof de matemática, que faltava todas as quintas feiras porque era deputado municipal... Ou seja durante dois anos perdi 20% das aulas. Impunemente... sem problemas de consciência...

Mas não havia problema, o mercado de explicadores era prospero... lá estava o mercado a funcionar.

Mas havia outro pior, o Raimundo, prof de ginástica. Em dois anos nunca tive uma aula que fosse. Geralmente ele nem se dava ao trabalho de pôr lá os penantes. E quando aparecia não marcava faltas. Não sei se recebia o ordenado por inteiro mas suspeito que sim. Este cavalheiro esteve envolvido nuns problemazitos com o Politécnico da Guarda...

A impressão que ficou, foi que os meus profs do ensino privado, apesar de muitos não terem os cursos finalizados, eram dedicados, competentes e cumpridores. Os do público, apesar das licenciaturas e do estatuto eram, na sua maior parte, incompetentes, desmotivados, agarrados ao tacho, resumindo uns baldas do canudo.
Devo referir que tive bons professores no ensino público, como a minha prof de francês do 11º ano, a quem deixo o meu aplauso.

Por isso quando ouço os professores a protestar contra as avaliações não consigo estar do lado deles. Desculpem mas não acredito em vocês por não ter razões para acreditar.

BOF

Sem comentários: